quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

PRIMEIRAS NOITES

PROLOGO

Launcelot Blanchard


A longe posso ouvir as nuvens negras se preparando para a tempestade, fortes ventos vêem trazendo- a fria e silenciosa, mas hoje nem a fúria dos céus me impediram de saciar meu desejo ,e matar a solidão que de assola por séculos.
Nesta noite serei compensado por anos prestados a esta infame guerra, por anos sendo um peão nas mãos de meus senhores imundos, sei que ainda terei um preço a pagar por isso, em um futuro próximo, mas nada me impedira de te-lá  por toda a eternidade.
Por séculos, minha humanidade nunca me abandonou, pois ainda em mim ardia à paixão que meu coração sentia por ela, a observei por varias reencarnações, sempre encontrei em todas a mesma doçura, a mesma beleza, que me fez nunca esquece-la.
Ainda derramo uma lagrima de sangue, quando lembro de quando me tornei um amaldiçoado, quando a partir dali, nunca mais pude vê-la de novo.

Naquela noite por coincidência uma forte tempestade se armava acima de nossas cabeças, como era comum naquela região da Inglaterra.
Voltava de mais um dia de trabalho no campo de flores, sempre levando uma rosa em mãos para presentear a razão de minha vida, mais não esperava ser surpreendido pelos olhos daquela criatura, que inicialmente me manteve imóvel apenas com o olhar, ate que uma dor imensurável tomou-me meu corpo, e nunca mais voltei pra casa, pois minha sede era grande demais para controlar, então tive que ficar nas sombras a vendo sofrer achando que eu a abandonei por um motivo que ela morreu sem encontrá-lo.


Devo esperá-la sair do seu serviço, uma pequena lanchonete, no subúrbio de Nova Orleans, um local dominado por crimes e mortes inexplicáveis, mas nem todas são causadas por membros, às vezes os seres humanos são tão cruéis como seus predadores, alias, a maioria de minhas vitimas são pessoas assim, ladrões, psicopatas, estrupadores.

Já é meia noite, ela deve sair a qualquer momento, vou-me posicionar na viela próxima a casa dela, sei que ela passa todas as noites por lá, não e uma caminho seguro, e ela sabe disso, mais para alguém que procura a morte, talvez ela a encontre por lá, e é isto que em partes ela ira encontrar hoje.

Vejo a saindo, devo apressar-me, mais antes que ela dobre a esquina eu já estarei lá, embreado nas sombras.
Quando ela entrou pela viela, apesar de não ter mais coração, senti algo pausar em meu peito, sempre sonhei com aquilo por séculos.
E hoje será o dia do abraço.